
BNDES – Parte 2: Navegar é preciso, projetar não é preciso
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Hoje vamos contar uma história que aconteceu há não muito tempo e que fala sobre um momento marcante na vida de um grupo de arquitetos que foram premiados pelo Concurso Público Nacional de Arquitetura para o Anexo do BNDES. Os arquitetos da Plus Arquitetura, através de um trabalho em equipe, fizeram do escritório um QG de ideias de onde saiu um projeto que ganhou o Brasil.
Em 2014 os arquitetos Luiz, Marcos, Samuel, Bruna e Renata – a equipe Plus na época – estuda participar de um concurso nacional de projeto de arquitetura. Sabendo do desafio que seria desenvolver o projeto, mas principalmente querendo fomentar a discussão e produção de arquitetura entre um grupo maior de profissionais, a equipe Plus convida alguns arquitetos locais, novos e velhos amigos, para formar o grupo que desenvolveria a proposta. Com os arquitetos André, Caetano e Tueilon, forma-se, então, a equipe para o Concurso Público Nacional de Arquitetura para fazer o projeto do Anexo do BNDES. É o encontro no tempo e no espaço desses 8 jovens arquitetos na cidade de Tubarão.
Criou-se, então, um ambiente saudável de amizade e trabalho, onde o fim comum foi o crescimento profissional e a participação no concurso, mas, principalmente, a experiência de trabalhar em equipe e aperfeiçoar as relações humanas e o aprendizado.
Jovens profissionais também têm suas responsabilidades pessoais. Podemos chamar essa fase da vida – que vai dos 20 aos 30 e poucos anos – de década turbulenta. Início da carreira profissional, namoro, noivado, casamento, filhos chegando, decisões importantes a tomar, amadurecimento… Essa era a realidade para todos nós na época. Integrar de maneira ordenada esse turbilhão de acontecimentos ao trabalho exigente de um concurso, custou. E assim tentamos fazer, cumpríamos os compromissos ao longo do dia, e de noite, após um café rápido em casa, desenvolvíamos o projeto para o concurso, reunidos ao redor da famosa mesa amarela de reuniões. Os finais de semana também foram tempo de trabalho, revezados com tempo de descanso e tempo em família. Cada um, segundo suas possibilidades, deu seu máximo nesse trabalho.
O resultado parcial do concurso foi publicado pouco tempo após a entrega das propostas, cerca de dois meses após o início do projeto. A surpresa correu os aparelhos celulares rapidamente e logo todos tiveram conhecimento do improvável: a equipe estava classificada entre os finalistas para apresentar a proposta na etapa final do Concurso Nacional de Projeto BNDES, na cidade do Rio de Janeiro.
Todos foram até lá para a apresentação. A viagem foi marcada pela amizade e certa ansiedade por apresentar nosso trabalho ao lado de propostas de renomados arquitetos nacionais. Mas, antes mesmo da apresentação, ficou manifesto que o prêmio já estava ganho. E não tinha a ver com o dinheiro ou com o reconhecimento profissional. O prêmio foi a amizade, estreitada entre os velhos amigos e criada entre os novos. De todo modo, a premiação oficial do concurso também era desejada, claro! Nosso projeto, que respondia a uma série de questões históricas e funcionais, dialogando com o Convento de Santo Antônio, com o projeto modernista do edifício sede e com o paisagismo de Roberto Burle Marx, propondo um novo marco na paisagem central do Rio de Janeiro, alcançou o prêmio de 5° colocado no concurso nacional.
Falamos sobre os aspectos humanos dessa experiência. Em outro texto, falaremos mais sobre o projeto em si.
Essa história não acaba aqui. A amizade e o diálogo sobre arquitetura e sobre a vida continuam, com os amigos com quem compartilhamos esse breve encontro, mas também com novos rostos, novos nomes, novas biografias.
Esse é um pedacinho da nossa história, que ajuda a explicar um pouco mais sobre quem somos e como fazemos nosso trabalho.
Um abraço e até mais!
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